Como engenheiro mecânico, tive a satisfação de avaliar equipamentos hospitalares para atestar seu funcionamento após as enchentes de maio no Rio Grande do Sul. Ao todo, foram dez hospitais na região metropolitana de Porto Alegre e no interior do estado. Para minha surpresa, nenhum desses hospitais apresentava um sistema de renovação de ar 100% eficaz. Em vez disso, me deparei com sistemas de climatização do tipo split, inadequados para atender às exigências de ambientes críticos como os hospitalares.
A renovação de ar é crucial em hospitais, como determinado pela NBR 7256, que regulamenta os sistemas de ventilação e climatização em ambientes hospitalares. A norma destaca que a qualidade do ar é essencial para a prevenção da proliferação de vírus, bactérias e outros agentes contaminantes. Em espaços como centros cirúrgicos, UTIs e salas de isolamento, a insuficiência de ar renovado pode comprometer diretamente a saúde de pacientes e profissionais, além de aumentar o risco de infecções hospitalares.
Por outro lado, reconheço que a adequação às exigências da NBR 7256 envolve custos elevados, principalmente ao implementar sistemas de climatização por água gelada e filtragem especial, que utilizam filtros HEPA e mecanismos avançados de controle de partículas. Contudo, é importante destacar que a prevenção sempre será mais econômica do que lidar com as consequências de surtos infecciosos, processos judiciais e prejuízos à reputação das instituições de saúde.
Assim, é fundamental que gestores hospitalares considerem a renovação de ar como prioridade, buscando soluções técnicas e financeiras para adequar os sistemas existentes. Como engenheiro mecânico, reafirmo meu compromisso em auxiliar hospitais nesse processo, fornecendo laudos técnicos e orientação especializada para promover a saúde e a segurança de todos. Afinal, o ar que respiramos nos ambientes hospitalares é uma questão de vida.
Caso você necessite de um projeto HVAC, entre em contato, será um prazer atende-lo !
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